quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Artistic Intermission - Uma noite embalada a carne e vinho


Uma homenagem a um jornalista que escreve alguma coisa que preste. Parabéns pra ele! O resto da classe deveria seguir seu exemplo.
O exemplo do Luiz Fernando Veríssimo também...

Uma noite embalada a carne e vinho

A prateleira de vinhos apresentava uma diversidade bem grande, mas André sabia bem o que queria. Em meio àquele mar de garrafas enfileiradas lado a lado, seu olho treinado não teve dificuldades em encontrar o vinho de sua preferência.

Depois de depositar cuidadosamente duas garrafas no fundo do carrinho de compras, seguiu para o fundo do supermercado onde se encontrava o asséptico açougue.

- Dois quilos de contra-filé cortado em bifes grossos, por favor – pediu ao açougueiro.

O homem, trajado de branco e trazendo uma faca na mão direita, retirou uma peça de carne do balcão frigorífico e a estendeu. André observou a carne com um olhar de especialista, pressionou a peça com a ponta dos dedos e acenou positivamente com a cabeça, o que o açougueiro entendeu imediatamente como um sinal de aprovação. Fatiou os generosos bifes rapidamente, fez um pacote e o entregou a André.

André tinha 41 anos, era um homem grande, corpulento e um pouco desengonçado. Mas a aparência de desleixo contrastava com seus modos organizados e metódicos. Não deixara passar sequer um detalhe para aquela noite que prometia ser das mais agradáveis. A mesa havia sido disposta de forma impecável. Sobre uma toalha branca bordada nas extremidades, estavam dois pratos de porcelana diametralmente opostos. Entre eles, um castiçal de prata, uma garrafa de vinho e dois cálices de cristal.

André acendeu uma das bocas do fogão e colocou uma panela com água para ferver. Enquanto a água aquecia, aproveitou para tomar um banho. Minutos depois, saiu do banheiro trajando um hobby de seda vermelho com ideogramas orientais. Foi até a cozinha, viu que a água já fervia, abriu o pacote de carne sobre a pia, retirou um dos bifes e o mergulhou na água fervente.

Esperou algum tempo, o suficiente para a carne ganhar um tom róseo. Retirou o pedaço da panela e o colocou sobre uma tábua de carnes. Levou-a para a sala de estar e a deixou sobre a mesa de centro. Ligou o som e colocou uma música suave para tocar. Sentou-se no sofá e ficou observando o bife fumegante sobre a tábua.

O CD já tocava a segunda música quando André abriu o roupão, pegou o bife com as pontas dos dedos e o enrolou cuidadosamente em seu pau enrijecido. Inclinou a cabeça para trás, denotando o extremo prazer que aquela carne quente envolta em seu membro proporcionava. Segurou firme com a mão direita e começou a se masturbar, primeiro lentamente, depois com vigor. Não demorou muito para que uma enxurrada de porra escorresse pelo bife e sua mão.

André ficou ali por algum tempo, estático, curtindo a fleuma da recente gozada. Meia hora depois, já restabelecido, foi à cozinha e preparou outro o bife enquanto saboreava uma taça de vinho. A noite estava apenas começando.

Conto enviado por Roberto Guerra - Jornalista, contista e leitor deste blog.
Postado no Malvadas

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